domingo, 3 de abril de 2011

A importância da alimentação no desporto

 

Uma alimentação equilibrada é importante para nos mantermos saudáveis e fortes, prevenindo doenças cardíacas, ósseas entre outras.
Para nos ajudar a seguir uma alimentação saudável existe a roda dos alimentos que é constituída da seguinte maneira:
Cereais e derivados, tubérculos – 28%
Hortícolas – 23%
Fruta – 20%
Lacticínios – 18%
Carne, pescado e ovos – 5%
Leguminosas – 4%
Gorduras e óleos – 2%
No desporto, é importante haver uma dieta rigorosa, rica em hidratos de carbono, estes devem ser ingeridos antes e depois da actividade de modo a conservar a massa muscular.

Aspectos nutricionais importantes 

A refeição anterior à prática desportiva ajuda a manter os níveis de glicemia para os músculos envolvidos no exercício durante o treino e a competição.
Alguns conselhos para os praticantes de actividades desportivas:
· Nunca treinar em jejum;
· Não treinar com o estômago cheio, pois causa indigestão, náuseas e até vómitos;
· Fazer uma refeição de 2 a 4 horas antes, de preferência hidratos de carbono complexos.
· A alimentação deve ser moderada em proteínas e pobre em gorduras;
· Evitar alimentos ricos em fibras, como frutas, castanhas, hortaliças cruas e alimentos integrais, pois também podem causar desconforto intestinal.

Análise dos Inquéritos

Análise dos inquéritos sobre o desporto e o ordenamento do território

1 – “Praticas algum desporto?”

Em 184 alunos, 102 alunos praticam desporto. Ainda que sejam mais de metade dos inquiridos a praticarem desporto, há que referir que o pretendido para uma boa qualidade de vida geral fosse a totalidade dos alunos a praticarem desporto, pois este é essencial para uma boa qualidade de vida.

1.1  – “Qual o desproto que praticas?”

O desporto mais praticado pelos inquiridos é a Natação. Seguidos encontram-se o futebol, ténis, dança e atletismo.
Conclui-se também que há uma grande diversidade de desportos praticados.

1.1.1        – “Acha importante uma alimentação adequada à prática desportiva?”

Sem qualquer margem de dúvida, pode-se concluir que todos os inquiridos revelam importante uma alimentação adequada para uma boa prática desportiva. Ainda assim há 2% que revela não apresentar conhecimento acerca dos benefícios de uma boa alimentação no desporto.

1.1.2        – “O espaço onde pratica desporto é adequado ao número de praticantes?”

Uma grande parte dos inquiridos pensa que o espaço desportivo é adequado ao número de praticantes. É claro que o facto de estar adequado ou não ao espaço varia consoante o desporto, mas de modo geral é revelado que o quase 1/6  dos espaços desportivos não estão adequados á pratica desportiva do inquirido.

1.1.3        – “E o desporto nele praticado?”

Nesta questão podemos observar que na maioria dos espaços desportivos se encontram adequados a prática do Desporto em causa .
Nos casos em que o Desporto não se encontra adequado ao espaço são: dança e artes marciais.
As razões para estes espaços não se encontrarem adequados é a falta de equipamentos específicos  no caso das artes marciais e necessidade de um novo espaço no caso da dança.

1.2  – “Conhece espaços desportivos que necessitem de uma intervenção na cidade de Faro?”

62% dos inquiridos responderam que não e 38% responderam que sim.

1.2.1        – “Quais?”

nesta questão existiu uma grande variedade de respostas, são de destacar os seguintes locais:estádio do S-Luis, Horta da areia e o pavilhão ao pé das piscinas.


1.3 – “Se fosse organizada uma maratona na cidade, participaria?”

Nesta questão 35% responderam que sim e 65% responderam que não.

– “Se sim ou se não, porquê?”

Quase metade dos inquiridos revela não ter tempo para realizar a maratona. De seguida a maior causa para a não participação na maratona é a falta de interesse pela prática desportiva.
Como resposta afirmativa á questão anterior a justificação prende-se ao facto de ser uma maneira de conviver e de praticar desporto (26%) e a preocupação com a condição física (19%).

2– “Considera a cidade de Faro atractiva do ponto de vista paisagístico?”

A maioria afirma que Faro é uma cidade bela no ponto de vista paisagístico. Ainda assim há 32% dos inquiridos o anterior não se sucede.

- “Se não, porquê?”

“Os edifícios estão degradados”-38%
“Não há uniformidade urbanística”-38%
“Há demasiado lixo nas ruas”-24%

2.1 – “Considera que há falta de espaços verdes na cidade de Faro?”

Uma minoria de 7% indica que há falta de espaços verdes em Faro. Uma grande maioria de 93% afirma que isto não sucede, ou seja, que Faro está bem guarnecida no que diz respeito a espaços verdes. Este ponto é positivo para a boa qualidade de vida.

2.2 – “Considera que há dificuldade em encontrar local para estacionar na cidade de Faro?”
Aproximadamente 4/5 dos inquiridos revela que há dificuldade para encontrar local para estacionar. Encontra-se, portanto um ponto fulcral a melhorar para uma melhor qualidade de vida em Faro.

2.3 – “No seu entender, as potencialidades da doca de Faro estão a ser bem aproveitadas?”
Quase 1/5 dos inquiridos opina que a doca de Faro não está bem aproveitada. 4/5 afirma que estas estão bem rentabilizadas.

2.4 – “Qual é para si a zona mais desagradável na cidade de Faro?”
“Bom João”-9%
“Horta da Areia-76%
“Penha”-7%
“Baixa de Faro”-8%
“Alto Rodes”-3%

A maior parte dos inquiridos aponta a Horta da areia como sendo a zona mais deficiente ao nível da qualidade de vida. As outras restantes 3 zonas são também referenciadas mas em menor escala. Pode-se concluir que estas zonas da cidade de Faro necessitam de reformulação, ainda que em menor profundidade.

2.4.1 – “Porquê?”

“Há sujidade”-27%
“Há marginais”-29%
“Há desorganização urbanística”-22%
“Os edifícios estão muito degradados”-22%

Dos 4 factores enumerados para a má qualidade de vida nas zonas da cidade acima referidas, verifica-se que todos os 4 tem mais ou menos a mesma importância no que diz respeito ao agravamento da ma qualidade de vida.

Entrevista a Bruno Lage



1- Num inquérito por nós realizado, 32% dos inquiridos considera Faro uma cidade atractiva do ponto de vista paisagístico. Qual a sua opinião enquanto perito?

Esse resultado revela que a esmagadora maioria dos inquiridos considera Faro pouco ou nada atractivo em termos de paisagem urbana e de facto têm razão. Faro tem sido vítima de um fatal e danoso planeamento urbanístico, assente na construção desenfreada e pouco cuidada de novos fogos habitacionais, onde faltaram acessibilidades bem planeadas, estacionamentos, áreas verdes e enquadramento paisagístico.

Por outro lado, Faro, cresceu de costas voltadas para a Ria Formosa, que tem um valor paisagístico excepcional e não soube aproveitar essa mais-valia. De referir que até há muitos poucos anos esta laguna era vista como um “pântano” junto da cidade, sem valor de maior, onde eram debitados sem qualquer tipo de tratamento os esgotos domésticos e industriais e onde eram depositados lixos e entulhos diversos.
Faro de uma vez por todas, tem de libertar-se da teia da política da construção desenfreada, como sendo o vector de grande desenvolvimento económico do município. Este é um conceito ultrapassado, caduco e que já em nada ajuda a cidade a atingir um patamar de excelência.

É fundamental que surja uma nova cultura de “pensar a cidade” baseada na exigência, na inovação, na criatividade e de mãos dadas com a Ria Formosa e as suas ilhas barreira.


2- Pensa que as potencialidades de Faro estão a ser bem aproveitadas, visto que se trata de uma cidade costeira?

 Faro tem um enorme potencial nesta área e não está a ser minimamente aproveitado.
Faro tem o privilégio de ver uma enorme área do seu concelho inserida no Parque Natural da Ria Formosa. Contudo, esta realidade tem sido vista por muitos responsáveis como uma ameaça e um entrave ao desenvolvimento do município quando, antes pelo contrário, deve ser vista como uma poderosa fonte de oportunidades.
Para além de ser possuidora de uma riqueza incalculável em termos de biodiversidade e de paisagens naturais, que importa aproveitar e não desperdiçar, alia-se um conjunto de praias de grande qualidade e de água límpida. Convém não esquecer o clima ameno, agradável, simpático e convidativo que permite uma boa interligação com o meio natural durante todo o ano e que permite uma aposta forte no desporto náutico e no turismo náutico e de natureza.
Para além do que referi importa não esquecer as actividades ligada aos produtos da ria (mariscadores, pescadores e viveiristas) que importam serem valorizados.

3- Considera que há falta de espaços desportivos em Faro? E os que existem estão em boas condições?

 A carência de espaços desportivos em Faro é enorme e nem todos estão nas melhores condições. Neste momento, a população farense está a recorrer aos hiper-lotados pavilhões escolares e de clubes, que infelizmente não oferecem as condições ideais para uma prática desportiva mais rigorosa e metódica. É essencial que o pavilhão Gimnodesportivo que se encontra praticamente pronto há mais de 4 anos seja disponibilizado à população farense. Não se pode admitir que Faro, capital de uma das regiões mais desenvolvidas do nosso país continue, em 2011, privada de um equipamento desta natureza.
Por outro lado, é fundamental criar condições para se desenvolver o desporto náutico na Ria Formosa que tem condições excepcionais para a prática da canoagem, do remo, da vela, do windsurf, do surf, do bodyboard e do kitesurf.

4- O que falta a Faro em termos de espaços de lazer?

Por exemplo falta criar na mata do Pontal (o grande Pulmão verde do concelho de Faro) um Parque Ambiental, que permita a interacção entre a população farense e a natureza, sendo um excelente local para actividades de recreio e lazer e ainda para acções de sensibilização e educação ambiental e mesmo para desenvolver actividades ligadas ao turismo de natureza.
Para além do que referi, na minha opinião faz falta um parque de campismo, uma rede de ciclovias, o pavilhão gimnodesportivo e um parque de feiras e exposições.

5- Qual a sua opinião acerca da construção/demolição na praia da Faro?

A Praia de Faro é um dos locais mais sensíveis do litoral português pois a sua estreita faixa de areia está fortemente urbanizada, encontrando-se nela quase 700 casas, que acolhem durante a época de Verão as cerca de 4 mil pessoas, a que se juntam cerca de 6 mil veraneantes que diariamente ali se deslocam por automóvel, barco, moto, bicicleta ou autocarro lotando por completo os mais de mil lugares de estacionamento e entupindo a estrada longitudinal de alcatrão que atravessa a praia. Por estes motivos, esta praia é um dos maus exemplos de ordenamento do litoral algarvio e do país e um dos locais que maior risco ambiental apresenta.
São vários os problemas associados a esta praia: a construção, o pisoteio das dunas, a poluição e o tráfego automóvel, que debilitam o cordão dunar e aumentam a erosão costeira, a degradação ambiental e os riscos de catástrofe. Contudo, não se pode esquecer o papel determinante que os esporões da Marina de Vilamoura e os molhes da praia de Quarteira tiveram no aumento acentuado da erosão nesta faixa de litoral, ao interromperem de forma abrupta a deriva litoral que é a grande responsável pelo fornecimento de areias.
O grande número de pessoas que, principalmente no Verão acede à praia, origina um estacionamento sobrelotado e caótico que aliado à acessibilidade quase única que é a “ponte da Ilha”, com uma só via e semáforos, provoca congestionamentos de trânsito com grandes consumos de combustível e emissões desproporcionadas de ruído e de gases poluentes em pleno Parque Natural da Ria Formosa.
Para combater este cenário nada animador para o ambiente e para a sustentabilidade da própria praia, é urgente encontrar uma política de gestão correcta e equilibrada para esta estreita língua de areia, sem fundamentalismos exacerbados e com opções técnicas que permitam efectivamente a recuperação do sistema dunar e a fixação de areias sob pena de num curto espaço de tempo esta ter sofrido danos irreparáveis. Estou convencido que é com esse propósito que a Sociedade Polis está a trabalhar.
Quanto às demolições na praia de Faro, devo dizer que desconheço o plano de pormenor que está previsto para o local e desconheço com rigor o número de casas que vai abaixo e qual os critérios utilizados para decidir as demolições. No entanto posso adiantar que qualquer intervenção que seja decidida deve ser realizada com bom senso e sem fundamentalismos exacerbados de parte a parte. O Homem é parte integrante do Ambiente e com ele deve saber interagir e respeitar e se assim for, todos ficam a ganhar. Na minha opinião os pescadores e mariscadores deveriam continuar a viver na praia, pois este é o seu local de trabalho, embora admita que muitas das suas habitações fossem relocalizadas noutros pontos da praia. 

6- Qual(is) a(s) zona(s) mais degradada(s) na cidade? Porquê?

São várias as zonas. Temos a periferia da cidade que foi crescendo de forma galopante e sem grandes cuidados em termos urbanísticos e paisagísticos. E o resultado final foi ter uma periferia desleixada, desordenada e com acessibilidades insuficientes.
Depois surge a área Industrial do Bom João que se apresenta num estado de degradação e abandono quase total. E na baixa da cidade começa a surgir uma vasta área de casas devolutas com portas e janelas emparedadas que vão transformando esta parcela de Faro numa “cidade fantasma”, que tem características fatais para o desenvolvimento de uma cidade que se quer equilibrada, competitiva e com qualidade de vida.
De facto, este fenómeno normalmente conhecido como “Efeito Donut”, ou se preferirmos o esvaziamento dos centros urbanos, está neste momento a tornar-se uma realidade em diversas cidades, onde Faro não foge à regra sendo comum, como já referi, a depararmo-nos com inúmeras casas fechadas, emparedadas e num estado de degradação acentuado, onde por vezes, se assiste derrocadas de maior ou menor gravidade. Algumas dessas casas, muitas vezes tornam-se por parte de toxicodependentes em autênticas “salas de chuto”, ou em depósito de lixos e entulhos com as repercussões que isso implica em termos de saúde pública.
De referir que as cidades têm vindo a assumir um papel determinante, enquanto centros de decisão política, cultural e económica o que efectivamente condicionou as formas de habitação e onde Faro, não é excepção. Nesta cidade tem-se verificado um ritmo de construção e uma especulação imobiliária superior à média do território nacional.
Em consequência deste fenómeno temos a franja mais jovem da sociedade (jovens famílias) a fixarem-se na periferia onde os preços das habitações são mais acessíveis, enquanto se assiste ao envelhecimento e à desertificação do centro urbano. Como consequência, vê-se o comércio na baixa da cidade a definhar, as ruas com falta de vida e alegria, as habitações a degradarem-se e o sentimento de insegurança a aumentar.

7- Faro respeita as pessoas com deficiências em termos de mobilidade nas ruas?

 Tem havido um esforço nesse sentido, mas ainda está muito longe do que seria desejável. Qualquer pessoa que ande pelas ruas de Faro com facilidade se apercebe que o concelho de Faro não está preparado para permitir uma boa e correcta mobilidade de pessoas com deficiências físicas. Os passeios não têm largura suficiente, em muitos locais o seu piso está em mau estado ou nem sequer existe e até os edifícios e os transportes não estão preparados para facilitar a vida a estas pessoas. Portanto, nesta matéria há muito trabalho para ser feito.

8- Existe falta de espaços para estacionar. Qual seria a melhor solução para resolver este problema?

Na minha opinião, o que existe é falta de espaços para estacionar gratuitos. Pois o parqueamento automóvel pago abrange já uma extensa área da cidade e que na maioria dos casos consegue ter preços mais caros daqueles que se pratica em Lisboa.
Para resolver este problema do estacionamento, há que apostar no uso dos transportes públicos. Mas para que isso aconteça é necessário oferecer ao cidadão circuitos abrangentes e carreiras frequentes e cómodas e na minha opinião deviam ser as empresas que exploram os parquímetros da cidade que deveriam fornecer estes serviços.
Em termos de ligação a outras cidades, sobretudo Tavira, Olhão, Loulé e Albufeira creio que a aposta num metro de superfície seria a melhor opção. Dentro da cidade para além dos transportes públicos há sempre a saudável hipótese de andar a pé ou apostar no uso da bicicleta. Mas para isso é necessário construir ciclovias dignas desse nome, com pisos apropriados e que garantam a segurança dos seus utilizadores. A utilização de scooters eléctricas, até pelo preço elevadíssimo dos combustíveis e por ser fácil de estacionar, é algo que estou convencido que será, num futuro próximo, cada vez mais utilizado.

9- Faro apresenta uma enorme carência de espaços verdes. Quais as desvantagens deste facto e a que se deve essa carência?

Houve duas causas para este fenómeno. A principal causa foi a especulação imobiliária que levou à valorização muito elevada dos terrenos, contribuindo para que cada cm de terreno fosse optimizado ao máximo para a construção. A segunda causa, foi a pouca sensibilidade dos nossos responsáveis para causas como o ambiente e a qualidade de vida. Há mais de 100 anos que não é construído um jardim em Faro e os grandes espaços verdes da cidade resumem-se à mata do Liceu, ao jardim Manuel Bívar e à Alameda João de Deus. Os espaços são de tal maneira diminutos que para chegar aos 5 dedos de uma mão temos de referir a rotunda da entrada de Faro junto ao Fórum Algarve e o separador central da Avenida Calouste Gulbenkian como outros dois grandes espaços verdes da cidade de Faro.
Felizmente dentro de pouco tempo estará pronto um espaço junto ao Fórum onde o cidadão farense poderá ter um espaço relvado para actividades lúdicas, contribuindo para a sua qualidade de vida e para um desenvolvimento psico-social mais saudável, para além de minimizar deficit profundo que Faro tem nesta área.
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