segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Qualidade de vida em Faro

Em relação à Poluição, há a visual, que se destaca nas enormes e abundantes casas em ruínas, espalhadas pela cidade inteira, estando mais concentradas na baixa de Faro.
Existe também bastante poluição ambiental, chegando mesmo a existir zonas de urbanizações com pequeno espaços verdes replectos de lixo.

Em relação ao Ordenamento do território, Faro está simplesmente, na sua maioria, desordenado.
Existem zonas com grandes contrastes, desde edifícios modernos ao lado de ruínas e zonas degradadas, à falta de parques de estacionamento e até mesmo zonas negligenciadas pela falta de interesse de remodelação urbanística.
Existem hotéis cuja fachada está virada para ruínas, o que afecta a cidade tanto em termos turísticos como em termos paisagísticos, ou zonas onde este desequilíbrio é levado ao extremo com a existência de hospitais privados a meros metros de distancia de zonas degradadas e ruínas.

Felizmente, Faro está bem guarnecido relativamente à existência de Espaços verdes. Existem alguns, como o jardim da Alameda, bem tratados e bastante agradáveis e zonas onde o equilibro entre Espaços verdes e urbanizações está muito bem conseguido, mas nem tudo é bom, existem também zonas com Espaços verdes poluídas.

No que diz respeito às infra-estruturas desportivas, Faro é uma cidade de altos e baixos, tudo depende do Desporto em questão. As infra-estruturas Desportivas devem primar pelo modernismo e qualidade, no entanto não podem deixar de estar em função da relação espaço/praticante.
     
Na cidade, em alguns casos, até podem existir excelentes condições em vários desportos (natação, futebol de “rua”, atletismo, desportos náuticos, desportos radicais) devendo manter-se essa mesma qualidade. No entanto, existem algumas  infra-estruturas desportivas que necessitam ser restauradas, reconstruídas ou melhoradas  (dança – todas as variantes, Futebol, Futsal, Basquetebol…) pois deve-se ter em conta os desportos praticados e também os que trazem mais prestígio a cidade.

Ordenamento do território/Qualidade de vida

O Ordenamento do Território é responsável pela delimitação das zonas urbanas, industriais, agrícolas, florestais e naturais, permitindo gerir de maneira adequada, a ocupação, o uso, e a conservação dos solos (interacção Homem/espaço).

O ordenamento do território está directamente relacionado com a qualidade de vida. A localização de todos os espaços onde decorre o quotidiano influencia o bem-estar do indivíduo, ou seja, tanto na escolha de casa, de trabalho ou como de actividades que em que este esteja inserido na sociedade são factores cruciais na mesma.

            Melhoria da qualidade de vida: pela escolha da localização que permita uma utilização óptima do espaço favorece-se a melhoria da qualidade de vida quotidiana, quer se trate de habitação, trabalho, cultura, recreio ou, ainda, das relações no seio das comunidades humanas, nomeadamente a melhoria do bem estar individual traduzido na criação de empregos e na instalação de equipamentos de natureza económica, social e cultural, correspondendo às aspirações das diferentes camadas da população;
No que toca à Poluição como ao Ordenamento do território, Faro está em más condições.

Desporto/Qualidade de vida

A actividade desportiva influência a qualidade de vida, pois promove a saúde e o bem-estar. A actividade física adequada e desporto constituem um dos pilares para um estilo de vida saudável, a par de alimentação saudável.

Algumas vantagens da prática desportiva:
-        Reduz o risco de morte prematura;
-        Reduz o risco de morte por doenças cardíacas ou AVC, que são responsáveis por 30% de todas as causas de morte;
-        Reduz o risco de vir a desenvolver doenças cardíacas, cancro do cólon e diabetes tipo 2;
-        Ajuda a prevenir/reduzir a hipertensão, que afecta 20% da população adulta mundial;
-        Ajuda a controlar o peso e diminui o risco de se tornar obeso;
-        Ajuda a prevenir/reduzir a osteoporose, reduzindo o risco de fractura do colo do fémur nas mulheres;
-        Reduz o risco de desenvolver dores lombares e pode ajudar o tratamento de situações dolorosas, nomeadamente dores lombares e dores nos joelhos;
-        Ajuda o crescimento e manutenção de ossos, músculos e articulações saudáveis;
-        Promove o bem-estar psicológico, reduz o stress, ansiedade e depressão;
-        Ajuda a prevenir e controlar comportamentos de risco, especialmente em crianças e adolescentes.

O desporto confere grandes progressos aos que aos sectores que o praticam.
Nas crianças e adolescentes, o exercício físico regular fornece aos jovens inúmeros benefícios (físicos, mentais e sociais) para a saúde. Estudos revelam que nos adolescentes, quanto mais participarem em actividades físicas, menor será a probabilidade de virem a fumar, além de também promoverem a integração social e das capacidades sociais, através dos jogos de equipa. Nas crianças, as que são mais activas fisicamente verifica-se melhor performance académica.
            Nas pessoas idosas activas o exercício físico revela-se importante, aumentado e mantendo a qualidade de vida e independência dos idosos. Caminhadas e sessões organizadas de exercício físico, adequadas a cada idoso, permitem o convívio social, reduzindo sentimentos de solidão ou de exclusão social.
Nos indivíduos com incapacidades devem ser fornecidas oportunidades e suporte para poderem praticar desporto e exercício físico adaptado ás suas condições físicas.

Qualidade de vida

Nos dias que correm, apesar da grande evolução tecnológica, constata-se que a ciência, por si só, não satisfaz as necessidades ditadas pelo Homem.
O conceito de Qualidade de vida começou a ser usado nos debates públicos à volta de temas como o meio ambiente e a deterioração das condições de vida urbana.
No séc. XX, caracterizado pelas formas liberais, foram tomadas várias medidas na Europa com o objectivo de melhorar a qualidade de vida da população, estudada pelas ciências sociais, que surgiram, nos anos 50 e 60, como resposta à crescente preocupação pelo bem-estar humano. A sua finalidade era medir esta realidade através de critérios e dados objectivos.       
Estes dados foram-se aperfeiçoando, o que levou a um processo de diferenciação entre os indicadores sociais e o conceito de qualidade de vida.
Nos finais do séc. XX, nas sociedades industrializadas, as mentalidades, as aspirações e as preocupações das populações, são cada vez mais dominadas pela procura de uma melhor qualidade de vida que constitui um produto central na sociedade de consumo.
Melhorar as condições de vida e do ambiente, “cultivar” o bem-estar e sentir-se bem são o centro de preocupações de qualquer indivíduo.
Actualmente, a qualidade de vida emerge, assim, em duas vertentes/percepções:
-        A de dimensão qualitativa e subjectiva que se desenrolam tanto ao nível:
o       individual (o grau de satisfação com a vida, a felicidade, as percepções de bem-estar e de saúde, …);
o       nível colectivo (a capacidade participação cívica, a capacidade de influenciar os desenvolvimentos sociais, …).
-        A de dimensão quantitativa e objectiva, que condiciona e circunscreve:
o       A vida individual (o grau de instrução, a literacia, o rendimento, o acesso a bens e serviços) ;
o       A vida colectiva (as condições ambientais, as condições socioeconómicas, a disponibilidade de bens e serviços públicos, o desempenho dos sistemas de segurança social, o nível de desemprego).